quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Textos da avaliação de síntese de LP



Texto 1
23/10/2010 - 17h20
"Mitos Gregos" para crianças busca essência do homem em páginas ilustradas
da Livraria da Folha


Entre as mais belas, tristes e influentes histórias da humanidade, estão as dos mitos gregos. Por mais que séculos tenham se passado desde suas primeiras narrações, é incrível notar como até hoje, muitas das questões morais travadas pelos personagens são ainda (e sempre serão?) atuais e pertencentes aos sentimentos dos humanos de qualquer cultura. 

No livro "Mitos Gregos", personagens como Narciso, Prometeu, Eco e Orfeu são alguns dos que ganham vida nas palavras de Eric Kimmel e ilustrações de Pep Montserrat.
O texto reconta de forma muito simples e objetiva as histórias dos principais mitos, o que facilita a compreensão dos complexos personagens. 

Para os adultos, é um primeiro passo para entender suas influências na cultura moderna, seja em novelas, filmes, músicas ou na própria literatura. As crianças, por sua vez, serão apresentadas aos primeiros desafios morais, a ambiguidade dos sentimentos, ao preço das decisões e aos riscos da vida.
Como justifica Kimmel, "por que se dar o trabalho de contar essas histórias antigas?" A maioria delas remonta à Idade do Bronze, muitos séculos antes dos primeiros registros da história. Qual a importância desses contos para crianças que vivem num mundo de telefones celulares, internet, iPods e DVDs?

Pois sua importância - destaca o autor - é muito maior do que muita gente imagina.
"Os mitos são a base de nossa linguagem e de nossa literatura. Encontramos referências à mitologia nas peças de Shakespeare. Os mitos estão presentes na nossa linguagem do dia a dia, em expressões como, por exemplo, 'caixa de Pandora', 'narcisismo', 'fio de Ariadne'", explica Kimmel. 

Os mitos expressam as esperanças e os sonhos da humanidade, portanto, de cada um de nós. 



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/780182-mitos-gregos-para-criancas-busca-essencia-do-homem-em-paginas-ilustradas


 Texto 2

Meu nome é Atena.
Sou a deusa da sabedoria.
Sou filha de Zeus, o deus do universo, e de Métis, a deusa da prudência.
Nasci guerreando. Meu corpo é veloz, minha lança é mágica e a mira
perfeita.
Vivo no Olimpo, o reino das nuvens, o universo invisível que paira em torno do mundo dos homens.
Há quem pense que desapareci. Mas, enquanto existirem crianças, enquanto os homens forem capazes de fantasiar, estarei viva, usando minhas armas e sabedoria para proteger os que têm coragem, ousadia e talento.
Foi por admirar a força da juventude e a pureza de espírito que resolvi ajudar Perseu, o mais nobre de todos os jovens guerreiros da antiga Grécia.
Tudo começou inesperadamente, no meio de uma festa.


O dia em que vi Pégaso nascer

Eu costumava observar Perseu do alto do Olimpo e acompanhar seu treinamento de guerreiro. Ele era jovem, veloz, esperto, mas gostava de tentar fazer coisas além de suas forças.
Convidado para jantar na casa do rei, Perseu decidiu que precisava impressioná-lo. E declarou, diante de todos os convidados, que arriscaria a vida para matar Medusa, minha monstruosa inimiga, a criatura gigantesca que destruía todos os que se atrevessem a entrar em seu esconderijo nas cavernas.
Medusa era o nome de uma das três cabeças que habitavam o corpo de um enorme dragão. Suas patas mortais eram de bronze, e as pequenas asas, de ouro. Seu olhar era tão poderoso que transformava homens em estátuas de pedra. Para vencê-la seria necessária muita força, agilidade e toda a proteção do mundo.
Quando me contaram que Perseu havia se oferecido para enfrentar a fera, admirei sua coragem e resolvi ajudá-lo. Assim que a luta entre ambos foi marcada, tive uma ideia: chamei à minha presença Hermes, meu irmão, o mensageiro dos deuses, e juntos nos revelamos a Perseu.
Nós lhe dissemos que precisávamos estar ao seu lado durante a luta e que, caso desejasse a vitória, deveria obedecer às nossas ordens.
Primeiro lhe pedimos que procurasse as ninfas, as jovens mágicas dos lagos e rios, pois elas o amavam e fabricariam uma arma especial para ele. Perseu obedeceu, e das lindas ninfas ganhou sandálias aladas, uma sacola mágica e um capacete que lhe deu o poder da invisibilidade.
Hermes, achando que Perseu necessitava de mais uma arma, ofereceu-lhe uma lança leve e cortante como a minha. Quanto a mim, resolvi acompanhá-lo pessoalmente e lutar ao seu lado caso fosse preciso.
No dia do combate, desci até a gruta do monstro e me escondi num canto. O lugar era repugnante. A fera exalava um cheiro horrível, o ar estava úmido e pesado, por todos os lados eu via estátuas de pedras. [...]
A entrada de Perseu foi inesquecível. Ele rasgou os céus como uma águia. Rapidamente aplicou um golpe certeiro no monstro e cortou uma de suas cabeças. Sangue verde espalhou-se por toda a caverna, e as duas cabeças restantes começaram a urrar. Ainda voando, Perseu afastou-se e, em seguida, apontou sua lança contra a segunda cabeça. Ela também caiu por terra. Só que, quando isso aconteceu, uma das patas do monstro o atingiu e Perseu perdeu o equilíbrio. Seu capacete despencou no chão e ele imediatamente se tornou visível.
– Ah! Jovem atrevido! – gritou a Medusa com sua voz grossa e tenebrosa.
No ar, Perseu voava em círculos, mantendo-se de costas para o monstro. Ele sabia que, caso a fitasse nos olhos, se transformaria numa estátua.
– Agora você não me escapa!
Percebi que precisava entrar em cena. Lembrei-me de que tinha um escudo comigo. Gritei:
– Perseu! Apanhe o escudo, proteja-se!
Recuperando as forças, Perseu agarrou meu escudo no ar. Ele havia sido forjado pelas ninfas. Sua superfície brilhava com a limpidez das águas e refletia imagens como um espelho. Empunhando-o, Perseu desafiou a fera:
– Olhe para mim, criatura medonha!
Quando ela percebeu o truque, era tarde demais. Perseu levantou o escudo na altura da cabeça do monstro. Assim que Medusa olhou para a própria imagem refletida em sua superfície polida, sentiu o corpo todo enrijecer-se e transformar-se numa gigantesca estátua acinzentada.
Perseu desceu ao solo e eu o amparei. Ele se recostou contra a parede e, ao seu lado, presenciei uma das mais belas cenas de minha longa vida de deusa. Do sangue verde e viscoso saiu uma luz dourada e brilhante que aos poucos foi tomando forma. Lentamente foram surgindo os contornos de um maravilhoso cavalo alado.
O magnífico animal aproximou-se de nós e abaixou a cabeça, balançando a crina ondulante e prateada como se nos cumprimentasse. O nome Pégaso estampou-se em minha mente e eu o acariciei. Em seguida, Perseu montou no dorso do animal para que este o levasse até seu rei. Perseu prometera entregar-lhe a cabeça cortada de Medusa.
E que espanto meu jovem amigo causaria ao mostrar aos gregos seu luminoso animal e seu novo escudo, com a face tenebrosa de Medusa eternamente marcada em sua superfície mágica!



Adaptado de Heloisa Prieto.
Divinas Aventuras – Histórias da mitologia grega.
São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1997.






4 comentários:

  1. Legal,o texto mostra outro ângulo da história de Perseu e Medusa.

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  2. Oi Fernanda eu adorei a imagem de nossa senhora eu sempre rezo antes de dormir mas quando eu estou cansada eu esqueço de rezar.Eu achei a avaliação fácil.

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