Biografia de Mestre Vitalino
Mestre Vitalino foi um artista popular brasileiro, considerado
um dos maiores artistas da história da arte do barro no Brasil.
Vitalino Pereira dos
Santos , conhecido como Mestre Vitalino, nasceu na cidade de Caruaru,
Pernambuco, no dia 10 de julho de 1909. Filho de um lavrador e de uma artesã
que fazia panelas de barro para vender na feira, desde seis anos de idade já
fazia transparecer seu talento moldando pequenos animais com as sobras do
barro.
O barro tirado do Rio
Ipojuca, em cujas margens, Vitalino brincava na infância, foi desde cedo a
matéria-prima que sem imaginar, mais tarde daria forma a sua arte e o tornaria
famoso, produzindo uma arte simples que encantou o mundo, e que os
especialistas decidiram batizar como arte figurativa.
O caminho para sair
do anonimato foi longo. Do “Alto do Moura”, onde o artista viveu e contava com
a ajuda dos filhos, produzia as peças para vender na feira de Caruaru. Só a
partir de 1947 a vida começou a melhorar, com o convite do artista plástico
Augusto Rodrigues para uma exposição no Rio de Janeiro, passando a apresentar
suas peças na Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana.
Em janeiro de 1949, a
fama do Mestre Vitalino foi se ampliando com uma exposição no MASP, e em 1955
fez parte de uma exposição de “Arte Primitiva e Moderna”, em Neuchâtel, na
Suíça. Suas obras passaram a ser valorizadas no Sudeste, principalmente no Rio
de Janeiro e em São Paulo.
Sua arte está exposta
não só em grandes museus brasileiros, mas também no Museu de Arte Popular de
Viena, na Áustria e no Museu do Louvre, em Paris. No Brasil, grande parte de
seu trabalho está nos museus Casa do Pontal e na Chácara do Céu, no Rio de
Janeiro, no Acervo Museológico da Universidade Federal de Pernambuco, no
Recife, e no Alto do Moura, em Caruaru, onde o artista viveu.
Mestre Vitalino deu
vida a sua arte de barro, como “os bois”, “as vacas”, “os cangaceiros”, “a
ciranda”, “a banda de pífanos”, “o violeiro”, “o zabumba”, “o cavalo-marinho”,
“a casa de farinha”, “os noivos a cavalo”, “Lampião”, “Maria Bonita”, “a
vaquejada”, entre outros. Sua produção artística passou a ser iconográfica,
influenciando a formação de novas gerações de artistas, principalmente no Alto
do Moura. A casa onde o artista viveu foi transformada em “Museu Vitalino”, e
seu entorno é ocupado por oficinas de artesãos.
Mestre Vitalino
faleceu em Caruaru, Pernambuco, no dia 20 de janeiro de 1963.
Fonte:
https://www.ebiografia.com/mestre_vitalino/
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